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Catarina Martins em Condeixa classifica de “fantasia” as medidas do Governo para criar emprego

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 16-09-2013

 A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins classificou, segunda-feira à noite, de “fantasia” os incentivos do Governo para a criação de emprego anunciados pelo ministro Pedro Mota Soares.

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“O Governo decidiu dar a cada empresa 225 euros por cada posto de trabalho criado. Não há economia, não há salários, não há mercado interno, os impostos fecham as empresas e acham que é dando uns tostões que se vai criar emprego em Portugal?”, questionou a dirigente bloquista, num jantar de campanha em Condeixa-a-Nova.

Perante cerca de sete dezenas de apoiantes, Catarina Martins classificou a medidas como uma “fantasia que só pode ser explicada pela cegueira do fanatismo ideológico de quem continua a achar que o empobrecimento é o rumo para este país “

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“Alguém acredita nisto e aceita esta medida como realidade”, enfatizou a coordenadora do BE.

Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade e Segurança Social, confirmou hoje que “mandou publicar uma portaria” que cria um incentivo à contratação, que corresponde ao pagamento de 1% de toda a remuneração com efeitos para a segurança social.

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O incentivo aplica-se aos novos contratos a partir do dia 01 de outubro de 2013, cumprindo o “acordo assinado com os parceiros sociais”, assinalou o ministro em declarações aos jornalistas no final da reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, convocada pelo Governo para debater com os parceiros sociais as matérias relacionadas com a 8ª e 9ª avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal.

“Estimamos que esta medida tenha um impacto em cerca de 110 mil novos contratos, com um financiamento por via comunitária de cerca de 25 milhões de euros”, acrescentou Pedro Mota Soares.

Para a coordenadora do BE, “isto são tostões para as empresas, pois não é possível criar um posto de trabalho por 225 euros”.

“Na verdade, o que as empresas precisavam é que houvesse mercado interno, salários, pensões, que os impostos não as estivessem a estrangular, veja-se o caso do IVA que é, provavelmente, o imposto que mais empresas fecha todos os dias em Portugal”, sublinhou.

“Dizer que se cria emprego, numa altura em que o mercado interno não existe, que as empresas não têm a quem vender e, por isso, fecham, dando uns tostões a cada empresa é estar completamente desligado da realidade ou estar a insultar a inteligência dos portugueses”, acrescentou Catarina Martins.

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