Coimbra

Câmara de Coimbra derrete milhões em Festival de Verão

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 13-06-2013

Quando se pensava que todos os festivais são programados e divulgados com a devida antecedência, Coimbra decide inovar. A Câmara Municipal apresentou hoje, 13 de Junho, uma edição revista e descaradamente aumentada das Festas da Cidade. O “desfile” está programado oficialmente para a primeira semana de Julho, mas a farra começa a 29 de Junho, porque a Junta de Santa Clara paga o warm up.

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Como o “de voto” e-leitor sabe, a  Rainha Santa não gosta de passear em anos ímpares, por isso, nada como fazer o que nunca foi feito,  pelo que toca a meter santos de outras freguesias. Assim, o  evento passa a  “Festival de Verão” numa versão e a “Festival Lusófono” na outra. Também entram  uns  dj´s estrangeiros, mas a organização está mais “excitada” com  a Poppy.

Digamos que é numa “cena tipo” Queima das Fitas, “em modo” sénior, uma vez que os estudantes já estão a preparar-se para acampar noutros festivais mais para a sua idade.

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Aliás, temos de assumir com toda a frontalidade que estamos perante uma Expofacic do Portugal dos Pequenitos, pois até a produtora aveirense é a principal fornecedora da festa de Cantanhede.

Haja o que houver, os festejos vão custar pelo menos 240 000 Euros, palavra de Providência, que teve o aval de Barbosa, apesar da Câmara Municipal de Coimbra ainda não ter votado este orçamento. Claro que o valor vai subir de acordo com a temperatura, mas é preciso ter calma, pois a procissão ainda vai no adro da 8 de Maio.

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 Luís espera ter receitas (povo a pagar) na ordem dos  150 mil. Vamos esperar que faça sol, para que possa arranjar outra boa desculpa para justificar este investimento. João Paulo, mais realista, prefere afirmar que é um investimento em Coimbra e na marca Coimbra.

O “invento” tem um “couvert artístico” a atirar para o cota, mas os jovens não foram esquecidos, só que os primeiros têm direito a cantores e os segundos a “tocadores”, que apesar de não aparecerem no cartaz, são artistas para silenciar os animadores da feira para pular.

Tudo isto e muito mais foi contado, por outras palavras, por Luís Providência e Barbosa de Melo, que se sentaram na mesma mesa, mas não lado a lado. (Ver foto). Esperamos que o e-leitor pagador não comece a tirar conclusões precipitadas, pois o facto de José Cid estar no meio do  CDS e do PSD, não se pode dizer que continuam separados ou que se casaram no Dia de Santo António. Agora, tem, esse tal de povo, todo o direito de desconfiar quando vê que a boda é grande e depois lhe servem do melhor e do pior.

Os artistas são bons artistas, mas o alinhamento é do género de quem escolheu a torto e a direito, sem saber onde começa a Lapa e acaba o Choupal.

Pelo meio, há uma homenagem a José Cid, que é merecida, apesar do artista não ser de Coimbra como o vereador da Juventude e Desporto queria que fosse.  Mas é um embaixador cultural de Coimbra, garante o nosso Prefeito, com ar de quem “comprou” este desafio sem nunca ter ido ao Carnaval da Baía. (Nesta parte juramos que vimos o que poderia ser uma sombra de Zeca Afonso projectada no “postal de Coimbra” e no rio caíram pingas que pareciam lágrimas  de  André, Né ou Inês, que embora não sendo tão bons como a Madonna (Sim, o Zé afirma que é melhor do que ela), também mereciam uma homenagem ou, no mínimo, uma medalha de ouro no dia da cidade.)

Certo, certo é que o natural da Chamusca e residente  em Anadia vai ser homenageado, como nunca foi, e ainda tem direito a cobrar pelo espectáculo e a a fazer incluir alguns dos seus amigos em outras datas do programa festivaleiro, mas não deve cobrar para trazer os sobreviventes do Grupo Jazz do Orfeon. Ora veja:

29 de Junho: Tim Royko e Cosmo Klein

30 de Junho: Coro dos Antigos Orfeonistas da UC + “Poppy e Andrea” + Rusti

1 de Julho: Paulo Gonzo + Henri Josh + Karetus

Dia 2 de Julho: Zé Perdigão + Ana Moura + Spitfyah

Dia 3 de Julho: Deolinda + Deepblue

Dia 4 de Julho: José Cid & Big Banda com amigos de outros temps e Sardet, Represas e Perdigão + Von Di Carlo

Dia 5 de Julho: Pensão Flor + Luís Represas + Hugo Rizzo

Dia 6 de Julho: Gal Costa + Nox

Dia 7 de Julho: Banda Samba Jah + Jovens do Hungu + Tito Paris

Os preços, ou a consumação para quem quiser ler com sotaque brasileiro, são de amigo. 5 Euros por dia, excepto a 6 de Julho, noite em que bilhete custa os 12.50. Quem não quiser perder mesmo nada, pode comprar o bilhete geral que fica pela módica quantia de 35 Euros. Novidade, novidade, é que ticket do espectáculo também dá para ir à mítica Feira Popular, o que permite uma poupança de 1.50.  Não sendo uma fartura, deve dar para comer uma.

O festival de verão em Salvador, perdão em Coimbra, tem o apoio institucional da UCCLA, que era dirigida pelo “tio” Anacoreta Correia e da Memórias e Gentes, presidida por Maló de Abreu, chefe da bancada PSD na Assembleia Municipal de Coimbra. A RTP é a televisão oficial e a Antena 1 apoia, mas não tiveram “agenda” para cobrir a apresentação municipal.  Patrocínios do Tivoli (que deve fazer um desconto nas dormidas) e da Sagres, que só paga se vender finos.

A organização promete  surpreender com um palco montado em cima do Rio Mondego, na Praça da Canção, que é mais conhecida como Queimódromo. Vai dar umas boas fotos se ninguém ficar mal no retrato, pois pode ser muita areia para uma camioneta que só tira a areia do Basófias se alguém pagar para a tirar da água para fora do campo de navegação.

Festas de Coimbra. Festival de Verão. É milagre? Não. É uma aparição motivada pelo 29 de Setembro, dia em que se vai saber se  as setas sobem ou descem as escadas de peixe. 

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