Desporto

Académica SDUQ à beira da dissolução vai pedir 2 milhões (com vídeos exclusivos)

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 19-06-2015

Como é tradição nas reuniões do órgão máximo da Académica, já passava das 8 da noite, quando Castanheira Neves, o Presidente da Assembleia Geral, conseguiu contar as 50 pessoas necessárias para ter quórum, número que depois terá chegado quase aos 70, sendo que 1/4 eram membros dos 3 órgãos sociais.

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A sessão teve inicio com o advogado, que agora trata o presidente da Direcção por Zé Eduardo, a propor um voto de saudade em memória de Lucas, um voto de repúdio pelo artigo de Sousa Tavares em A Bola, um voto de felicitações a José Viterbo e uma saudação à Mancha Negra por ocasião do seu 30º aniversário, claque que Castanheira Neves deseja ver legalizada.

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O Vice-Presidente Salvador Arnaut explicou o Orçamento da AAC/OAF, SDUQ, Lda para a época 2015/2016. Ficamos a saber que as receitas estão estimadas em 3 268 000 Euros e as Despesas em 3106 000 Euros, prevendo-se um exercício lucrativo, onde a maior entrada de dinheiro são os 2 milhões da SPORT TV e o encargo mais mais pesado vem dos custos com os jogadores avaliados em 1 milhão e meio de Euros. Foi aprovado sem grande discussão: 55 a Favor. 13 Abstenções. 1 Contra.

Outros dos pontos da agenda da reunião dos sócios da AAC/OAF era o da redução e aumento do capital social da AAC/OAF, SDUQ, Lda, pois, de acordo com o disposto no Código das Sociedades Comerciais, nomeadamente o seu artigo 35º, a empresa corre o risco de dissolução automática, já que o capital próprio é inferior a metade do capital social.

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A proposta da gerência foi defendida pelo vogal Nogueira Serens, que, numa longa exposição de 30 minutos, disse aos sócios que a melhor maneira de contornar a questão é reduzir o capital social a Zero para depois voltar a ser aumentado para 500 000 Euros, o mínimo exigido pela lei que regula as actividades desportivas.

Quando já se pensava que o professor de Direito tinha convencido os sócios com a sua “lição”, a oposição surgiu de onde não era suposto vir, mas Sousa Leal, o Revisor Oficial de Contas da Académica, disse com todas as letras que esta solução é ilegal, pois a diferença entre o passivo da SDUQ é de mais de 2 milhões de Euros, numa diferença de 5 para 3 milhões.

A discussão entre o financeiro e o jurista esteve acalorada, o que obrigou José Eduardo Simões e Luís Godinho a subirem à tribuna para afirmarem que a opção tem de ser esta, invocando que mesma foi sufragada por outros especialistas consultados pela Briosa. Nuno Oliveira e Lucílio Cavalheiro também usaram da palavra para questionarem a direcção. O ROC, desautorizado, prometeu escrever uma declaração de voto.

Depois de quase duas horas de conversa académica, a proposta da Gerência/Direção foi, como é costume  nesta discussões entre teóricos e práticos, aprovada por larga maioria: A Favor: 44, Contra:4 e Abstenções:20

No final da Assembleia Geral. José Eduardo Simões, falou durante meia hora, salientando que com ele ou sem ele a AAC vai estar mais 14 anos na 1ª divisão.

Aproveitou o tempo de antena para, num clima de grande cumplicidade, anunciar que vai promover empréstimo obrigacionista de cerca de 2 milhões de Euros, afirmar publicamente que processo do Bingo está parado por culpa do Governo, que a Académica volta a Cabo Verde e a Gala regressa a meio de Setembro…e o resto está neste vídeo.

Em actualização 

 

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